segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O melhor jogo de futebol de todos os tempos

Momento para relaxar: em tempos de Olimpíadas, sempre é bom trazer à mente o melhor jogo de futebol de todos os tempos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Este foi o maior embate de todos os tempos!!! Só tinha craque em campo!
hehehe

Tassos Lycurgo disse...

Pois é... E o Nietzsche, sempre problemático...

Anônimo disse...

Eu ainda o vi chamar I. Kant de cristão enrustido!

Tassos Lycurgo disse...

Esta temática é interessante. A minha leitura de Nietzsche, por exemplo, não o coloca em oposição aos ensinamentos de Cristo. O que há, penso, é uma crítica nietzschiana ao Cristianismo tal como instituição e a um tipo de moral que sugira uma negação da vida presente em busca de uma alegria pós-morte. Não penso que esta seja a proposta de Cristo, pois ele mesmo diz que devemos viver em abundância. Cristo quer acima de tudo a sinceridade na maneira do homem conduzir a sua vida e este, por certo, também era o pensamento de Nietzsche.
Abs.
TL

Anônimo disse...

De fato, muito interessante. O vi exatamente no dia que escutei alguém comentar a respeito dele, mas infelizmente não na nossa faculdade de Direito. Parabéns pela iniciativa de compartilhar conosco sobre pensamento, pois isso é o que mais falta nesta casa. Quem dera isso fosse mais importante entre nós, ao invés de apenas idolatrarmos o pragmatismo jurídico. Relaxei e me diverti.

Anônimo disse...

Fugindo bem ao tópico do direito do trabalho, mas, até de forma recreativa gostaria de expor minha opinião. Nietzsche afirma que o único cristão do mundo foi o próprio Jesus Cristo. Creio que com isso ele queria demonstrar que crer numa imagem imortalizada de um mártir é o mesmo que esperar eternamente naquela simbologia.
Dado o caráter imediatista do filósofo alemão, ele critica qualquer pensamento que passe perto do que se convencionou a chamar de "metafísica", daí a sua negação de uma vida "post-mortem".
A questão de como deve ser interpretada a bíblia e/ou seus ensinamentos na figura de Jesus tomam por assim dizer outro contorno. Por mais díspares que sejam os 4 evangelhos uma mensagem passada por Cristo é bem clara. Por mais que as obras mundanas efetuadas (ou não...?!) sejam boas isso não é suficiente para a salvação.
Isto posto, com a idéia inescusável de uma salvação (ou qualquer outra denominação que seja atribuída a esse estágio metafísico por assim dizer) temos a decorrência lógica de uma transcedência, tal estágio só pode ser alcançado após o perecimento físico. O que transforma a doutrina cristã numa regra de conduta moral universal (algo que eu usei para fazer a piada sobre I. Kant, afinal, em sua obra A Religão nos Limites da Simples Razão, em curtas palavras, é essa a conclusão que ele chega, abstraindo deste sistema apenas o caráter de revelação das escrituras, embora toda a congruência filosófica seja mantida pela sua análise da bíblia). Temos, portanto, que as regras morais traçadas além de uma condução diária (numa acepção de filosofia prática/ética kantiana) levam a uma posterior apreciação de um possível estágio de salvação (e também uma eventual condenação - Inferno - afinal, o sistema há de ser justo).
De maneira que, quando os fariseus questionam o título real de Jesus como rei dos Judeus, Cristo o responde que seu reino não é desse mundo (João 18:33–37). E não o é por uma simples razão, suas considerações, parábolas e ensinamentos são um direcionamento para uma vida ulterior, algo totalmente execrado por Nietzsche.
De maneira que este filósofo alemão tenta quebrar os paradigmas cristãos por força de seus elementos relativistas da moral, inserindo justamente na moral elementos amorais e imorais (havendo uma ligeira distinção entre ambos, o primeiro se calca na exaltação de condutas não condenadas pelo próprio sistema e os outros se constituem de elementos contrários à própria moral).
De modo que resumir os elementos morais a essa diapasão inócua de valores é quase que um retrocesso para idade antiga, na qual, alguns povos a exemplo dos assírios, apesar de terem um panteão vasto de deuses, não atribuem qualquer julgamento pós-morte, algo que serve de fio condutor aos seus atos de violência exarcebada até entre os seus próprios.
Resistindo de qualquer forma uma incongruência nas análises nietzscheanas quando ele propõe uma coesão social pela relatividade quando se põe a cargo de cada um, valendo-se até de elementos imorais, para formar a sua convicção de moralidade. Relatividade esta totalmente rechaçada pela doutrina cristã, por se basear em suas tão difundidas virtudes.
Quando se pensa que Nietzsche propõe termos simplificados e imbuídos de sinceridade (ao menos de cada indivíduo para consigo mesmo) tem-se que observar necessariamente que ele está propondo isso por meio de uma inversão (ou ao menos nulificação) de valores. Cristo ao surgir não apregoava nada semelhante a isto, pode até soar revolucionário para a época ele falar em amor ao próximo quando imperava a "lei" da Torá e do Talmud, mas, este é o simbolo de uma nova aliança para com a humanidade (e não só com o elitismo judaico como alguns defendem).
Concluo por dizer que, ao se falar em liberdade dentro do cristianismo, apesar deste ser um conceito mais que amplo a ser discutido, caso se considere, por mínimo que seja, qualquer assertiva de Nietzsche para a sua conceituação, é o mesmo que incidir numa total incongruência para com o sistema da moral cristã.