terça-feira, 11 de novembro de 2008

O trabalho no livro de Eclesiastes

Caros alunos,

Na história do trabalho, muitos falam que ele, biblicamente falando, é maldição decorrente da era adâmica. Embora a etimologia da palavra (tripalium) leve à idéia de sofrimento, o trabalho, na nova aliança inaugurada por Jesus Cristo, passa a ser dom de Deus.

Neste sentido, leia um dos textos mais belos da bíblia (Eclesiastes 3), cuja alusão ao trabalho a qual me referi está no versículo 13.

Eclesiastes 3
1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

3 Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

4 Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

5 Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

6 Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

7 Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

8 Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

9 Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?

10 Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.

11 Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.

12 Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;

13 E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.

14 Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.

15 O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

16 Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.

17 Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.

18 Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.

19 Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.

20 Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.

21 Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?

22 Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois deles?

Caso queira, leia o livro de Eclesiastes ou, ainda, acesse todos os livros da Bíblia.
Att.,
Lycurgo

13 comentários:

Lauro Ericksen disse...

Olá professor,
Como muito bem se sabe, há uma diferença na essência da apresentação de Deus no Velho e no Novo Testamento, isto se dá, basicamente, em função da nova aliança firmada por Jesus. Ou seja, no Antigo Testamento por várias e várias vezes se apresenta de modo mais que direto ao seu povo, e por vezes, revela sua ira e/ou seu descontentamento. Isso foi o que provavelmente ocorreu quando houve a "condenação" (ou melhor, danação) de Adão, a retirar seu sustento com o suor do seu rosto. Assim sendo, a partir da leitura desta nova passagem de Eclesiastes (que para os mais desavisados ainda está inserido no Antigo Testamento) houve uma revogação daquela danação proferida e uma apresentação mais sublime, e bem mais graciosa do labor? Ou seja, antes mesmo da formação da nova aliança há de se compreender que Deus já estava a ser misericordioso ao distribuir o trabalho com um dom divino? Também gostaria de saber se há alguma outra passagem bíblica que destaque o trabalho, especialmente a saber se ela se encontra no novo testamento (ou não).

Att.,

Lauro Ericksen

Tassos Lycurgo disse...

Grande Lauro,

Definitivamente, não sou qualificado para lhe dar uma resposta profunda sobre assunto teológico tão interessante. Tenho para mim, contudo, que o trabalho, após a nova aliança, deixa de ser mero ônus atribuído ao homem em razão da desobediência adâmica e passa a ser meio de dignificação da vida, de encontro com Cristo, de valorização do próprio ser humano. Neste sentido, o Processo e o Direito do Trabalho são instrumentos jurídicos a favor do plano de Deus.

De qualquer forma, há passagens fortes na bíblia sobre este assunto. Aliás, encontrei 124 versículos na tradução que leio em que se pode ler o termo “trabalho”. Deve haver mais com termos semelhantes. Em inglês, por certo, se você procurar por “labour” e “work”, encontrará muito mais, mesmo que o simples uso da palavra não represente que o assunto tratado é o do trabalho.

Tentarei refletir mais sobre o assunto.

Abs,
tl

Lauro Ericksen disse...

Realmente, a questão finda por se aprofundar em meandros teológicos tanto quanto complexos. Apenas tentei encontrar a congruência entre a conceituação da natureza díspar do trabalho em dois momentos ainda do velho testamento (danação no livro de Gêneses e dom no livro de Eclesiastes). Se a mudança houvesse sido operada por meio da nova aliança (escrita em algum livro do novo testamento) estaria mantida a congruência. O problema é que partindo dos pressupostos essenciais divinos (eterno, infinito, indefinível) dos quais se abstraem suas características primordiais (onipotência, onipresença e onisciência) chega-se a conclusão de que os planos divinos são imutáveis (o destino da humanidade e suas diretrizes são lineares), até porque Deus não se contradiz, seus desígnios são perfeitos. Logo, não poderia haver uma mudança na conceituação do trabalho se um novo paradigma fosse estabelecido (tal qual foi feito na nova aliança quando, por exemplo, o contato deixou de ser por meio dos sacrifícios - meio indireto - e passou a ser via espírito santo). Uma das formas de se resolver esse impasse seria verificar se origem etimológica dos termos usados é similar numa linguagem mais próximo da escrita original. Todavia, creio que essa tarefa não seja nada fácil, bastando a nós apenas continuar a conjecturar acerca do tema, e de maneira prática, compreender mais este forte argumento como um instrumento de solução para o processo do trabalho hodierno.

Tassos Lycurgo disse...

Mandei mensagem para um amigo, verdadeiro conhecedor do assunto, para ver o que ele pensa a respeito. Caso responda, postarei aqui. Veremos.
abs
tl

Anônimo disse...

Lauro, a descrição bíblica do trabalho sempre gera algumas confusões... Na verdade, desde a sua criação, Adão e Eva já tinham um "trabalho" no Éden, e Gn 2.15 é expresso: "Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Ed. Almeida Revista e Atualizada - ARA). No entanto, logo depois da queda (o pecado de comer o fruto da árvore que Deus disse para não comer!!), uma parte do castigo foi: "E a Adão disse: Visto como atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenaara que não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadiga obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra..."(Gn 3.17-19).
O que se entende, então, é que antes do pecado, o trabalho para o homem não lhe causava sofrimento, não era cansativo, não causava doenças, etc. Era uma atividade que não lhe era penosa; o sofrimentto ao trabalhar é consequência da condenação decorrente da desobediência. Logo, o trabalho já existia, já era um dom de Deus.
No Novo testamento se fala da necessidade de trabalhar para ter uma vida digna diante da sociedade. Leia Efésios 4.28 e 2Tessalonisenses 3.6-13, entre outros.
Não sou teóloga, mas espero ter ajudado...

Anita

Tassos Lycurgo disse...

Oi Anita,

Muito interessantes as suas palavras. Obrigado por contribuir para o debate. Refletirei sobre as suas palavras.

Abs,
TL

Tassos Lycurgo disse...

Caros,

Para facilitar, coloco logo abaixo os últimos versículos aos quais Anita se referiu:

Efésios, 4:28:
“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessida”.

2Tessalonisenses, 3:6-13:

“mandamo-vos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebestes. Porque vós mesmos sabeis como deveis imitar-nos, pois que não nos portamos desordenadamente entre vós, nem comemos de graça o pão de ninguém, antes com labor e fadiga trabalhávamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos direito, mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes. Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes intrometendo-se na vida alheia; a esses tais, porém, ordenamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que, trabalhando sossegadamente, comam o seu próprio pão. Vós, porém, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.”

Att.,
TL

Anônimo disse...

Só para contribuir com o debate!

(http://www.estudos-biblicos.com/shalomat.html).

"Quanto às interrogações que normalmente se levantam em relação ao AT, elas não são novas. “O Novo Testamento apresenta-nos Deus como misericordioso, bondoso, Deus de Amor, Pai”, afirma-se desde a Antiguidade, “mas o Deus do Antigo Testamento é duro, severo, violento, vingativo, belicoso. Que proveito podemos tirar daí para uma teologia da Paz?” (2) Não é raro ouvirem-se afirmações como esta e, no entanto, pelo menos nesta forma tão geral, ela é incorrecta e profundamente enganadora. E isto por três razões:

1 - Enquanto o NT reflecte não mais do que 150 anos de história da fé, o AT representa quase 2000 anos. É perfeitamente natural que a fé e a reflexão teológica se tenham desenvolvido ao longo deste extenso tempo (tal como a fé cristã se desenvolveu ao longo dos últimos 2000 anos – ninguém defende hoje cruzadas ou a divulgação da fé pela força da espada, por exemplo). Encontramos, por isso mesmo, no Antigo Testamento uma grande variedade de experiências com Deus e também ideias muito diversas acerca da violência. Pouco tem a ver o “príncipe da paz” de Isaías 9:1 ss. com o Deus guerreiro de Êxodo 15:3 ss, por exemplo.

2 - É importante, para qualquer comparação entre Antigo e Novo Testamento, que se escolham textos comparáveis. Ou seja, é completamente inadequado contrastar “o melhor” do Novo Testamento com “o pior” do Antigo Testamento (como ainda muitas vezes acontece). Mas é, sim, interessante comparar textos sobre a misericórdia de Deus no NT com outros sobre o Deus misericordioso no AT. Em Êxodo 34:6/7, por exemplo, Deus apresenta-se a Moisés como “Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade, que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não declara inocente o culpado e pune o crime dos pais nos filhos, e nos filhos dos seus filhos até à terceira e à quarta geração”. Enquanto passagens sobre a severidade de Deus no Antigo Testamento podem ser comparadas, por exemplo, com passagens sobre o julgamento no NT (cf. Apocalípse 19:11/21; Mateus 25:31/46).

3 - Muitas passagens do Antigo Testamento afirmam: Deus não tolera o mal. Mas a sua misericórdia e o seu Amor são infinitamente maiores do que o seu castigo. (3) O castigo, sim, pode manter-se até à quarta geração, mas a graça de Deus permanecerá até à milésima, afirma-se, por exemplo, na passagem acima citada! “Se existe algo evidente na história de Israel, reflectido com fé profunda ao longo de inumeráveis páginas da Bíblia, é a certeza de que Deus ama o seu povo”. É na base desta profunda convicção que Israel procura entender a experiência do sofrimento e do fracasso enquanto purificação, castigo passageiro, etc., sem que isso ponha em falência a fé no amor de Deus. (4)"

Anônimo disse...

Ops... sem anonimato! =]

Victor Rafael

Lauro Ericksen disse...

'Muitas passagens do Antigo Testamento afirmam: Deus não tolera o mal. Mas a sua misericórdia e o seu Amor são infinitamente maiores do que o seu castigo.'

Algumas pessoas pegam passagens desse tipo para asseverar que não existe Inferno, o que eu considero um grande erro. Se há o céu, o inferno é um pressuposto lógico da equação. Por mais misericordioso que Deus seja ele há de impor uma punição para aqueles que merecem, pois, se assim não fosse, ele não seria justo. Ou seja, a necessidade de se haver o Inferno é um atributo da Justiça divina.

Ps. Como Inferno deve ser compreendida qualquer citação da bíblia referente ao: Sheol, Hades, Gehenna ou Tartaro. Todas essas expressões devem ser entendidas como sinônimos (embora tecnicamente não o sejam necessariamente)

Anônimo disse...

undRealmente, em princípio pode parecer que há divergência entre o Deus "severo" do Antigo Testamento e o Deus de Amor do NT. No entanto, se fizermos uma leitura atenciosa de ambos (com a ajuda do Espírito Santo de Deus é bem melhor...), perceberemos que se trata do mesmo Deus, que sempre agiu com base nos mesmos princípios imutáveis que lhe são naturais.
De fato, Deus não tolera o mal (Habacuque 1.13), e no AT todas as vezes que Deus infligiu castigos a Israel, estes foram devidos à desobediência e infidelidade do povo (qualque livro de Juízes a 2Crônicas, ou de Isaías a Malaquias, deixa isso bem claro). E o castigo não tinha apenas a finalidade de punir, mas também de ensinar quem está sendo castigado e servir de exemplo para quem está vendo.
Além disso, Paulo ensina que as coisas que aconteceram na história de Israel, retratadas no AT, são "exemplos e foram escritas para advertência nossa" (1Coríntios 10.11).
Os acontecimentos que parecem cruéis na verdade tipificam o fim do homem entregue ao pecado, o desobediente e distante de Deus.
Ou seja, os males que sobrvêem ao homem ou nação pecadora são consequências de seus atos e da distância que eles mesmos impuseram em relação a Deus.
Todavia, mesmo no AT vemos que Deus estava sempre pronto a perdoar aqueles que se arrependiam, na verdade Ele mesmo estava sempre chamando os homens ao arrependimento, como continua fazendo até hoje.
Só que esta grande misericórdia tem um tempo determinado para o fim...

Comparem:

Ezequiel 18
20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.
21 Mas, se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto.
22 De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou, viverá.
23 Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? -diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?
24 Mas, desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, fazendo segundo todas as abominações que faz o perverso, acaso, viverá? De todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá.
25 No entanto, dizeis: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos?
26 Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, morrerá por causa dela; na iniqüidade que cometeu, morrerá.
27 Mas, convertendo-se o perverso da perversidade que cometeu e praticando o que é reto e justo, conservará ele a sua alma em vida.
28 Pois se considera e se converte de todas as transgressões que cometeu, certamente, viverá; não será morto.
29 No entanto, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Não são os meus caminhos direitos, ó casa de Israel? E não são os vossos caminhos tortuosos?
30 Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o SENHOR Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço.
31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?
32 Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei.

João 3
14 E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

Anita

Anônimo disse...

O "crer" a que se refere o último versículo citado de João não quer dizer apenas "acreditar" simplesmente, mas também obedecer, obedecer aos mandamentos através da fé em Jesus.
Quem crer (obedecer pela fé) será salvo, mas quem não crer já está julgado (em algumas versões "condenado"), significando que, por causa da justiça de Deus, o homem pecador já está condenado ao inferno. Mas, pela sua misericórdia, Deus providenciou a chance de salvação através da morte e ressurreição de Jesus, para os que crerem.

Anita

Anônimo disse...

Ainda sobre a questão do trabalho, o livro de Provérbios (AT) fala muito sobre a sua importância, especialmente nas críticas aos preguiçosos:

6.6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.
7 Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante,
8 no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.
9 Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?
10 Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso,
11 assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.

12.27 O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente.

13.4 O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta.

19.24 O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca.

20.4 O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra.

21.25 O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar.

22.13 Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas. (que desculpa esfarrapada p/ não trabalhar!!!!)

Anita (de novo...)